A APR – Associação Portuguesa de Realizadores, recebeu um convite da ACID – Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion, que programa uma das secções paralelas do festival de Cannes, para realizar durante a edição 2018 do festival o programa especial ACID TRIP 2# Portugal, que consistirá na projecção de três longas metragens portuguesas, organização de uma mesa redonda sobre cinema português e participação na festa da ACID. As sessões terão lugar no primeiro fim de semana do festival, de 11 a 13 de maio. Essa nova janela de programação dentro da secção da ACID em Cannes foi inaugurada o ano passado, quando a nossa congénere Bande à Part foi representar a Sérvia. O evento deste ano dará visibilidade à diversidade do cinema português.
Os três filmes escolhidos para o ACID TRIP – PORTUGAL são :
– Colo de Teresa Villaverde (2017, 135 min)
– Terra Franca de Leonor Teles (2018, 80 min)
– Verão Danado de Pedro Cabeleira (2017, 128 min)
Sobre a ACID :
Fundada em 1992 por um colectivo de cineastas franceses, a ACID (Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion), tem como missão primordial ajudar o cinema independente a encontrar o seu lugar no circuito de distribuição. A força do seu trabalho assenta na ideia fundadora da associação: cineastas que apoiam os filmes de outros cineastas. Os membros da ACID desenvolvem diversos projetos, produzem textos, travam lutas, apresentam os filmes aos distribuidores e aos programadores de salas de cinema, entre tantas outras tarefas. Todos os anos, vários membros da ACID acompanham cerca de trinta longas-metragens, entre ficção e documentários, em quase três centenas de salas independentes e festivais, em França e no resto do mundo. Organizam simultaneamente debates, leituras de argumentos e encontros com o público.
Ao longo de 25 anos, desde a génese da associação até aos dias de hoje, mais de 500 filmes foram promovidos e acompanhados pela ACID. Entre eles, vários filmes portugueses contaram com o apoio da ACID.
Pedro Pinho (A Fábrica de Nada, 2017), João Pedro Plácido (Volta à Terra, 2015), João Viana (A batalha de Tabatô, 2013), João Pedro Rodrigues (Morrer como um homem, 2009), Pedro Costa (Onde jaz o teu sorriso?, 2001), Inês De Medeiros (O fato completo, 2001), Teresa Villaverde (Os Mutantes, 1998), João Botelho (Três Palmeiras, 1994)
A ACID EM CANNES, UMA SECÇÃO PARALELA DO FESTIVAL DE CANNES
Desde 1993, a ACID tem presença marcada no Festival de Cannes com uma programação própria, onde apresenta uma selecção de nove longas-metragens, maioritariamente sem distribuidor. Os filmes são selecionados por uma comissão de quinze realizadores da associação, podem ser franceses ou estrangeiros, de ficção ou documentários, escolhidos geralmente entre uma centena de filmes do mundo inteiro. A selecção dos filmes implica o acompanhamento da associação não só em Cannes mas também até a estreia em sala. É uma porta aberta à descoberta de novos talentos de toda a parte do mundo. Este programa paralelo do Festival de Cannes tem permitido ao cinema independente encontrar o seu caminho para as salas e festivais internacionais.
Em Cannes, as 45 projecções, abertas aos profissionais e ao público, são seguidas de encontros com as equipas dos filmes e os seus padrinhos realizadores – membros da ACID. 850 programadores de salas, 260 programadores de festivais, 75 distribuidores franceses e estrangeiros, 120 jornalistas e estudantes assistem às projecções da ACID em Cannes. Os filmes programados em Cannes são acompanhados pela ACID nas várias etapas da difusão em salas: fazem os contactos com os distribuidores, ficam responsáveis pela promoção, programação, acompanhamento, trabalho com o públição, etc.